sexta-feira, 6 de julho de 2007

Atropelo

Ouço zumbido de grilo
O vento invade o meu corpo
desalinha meus cabelos
e dita-me aos ouvidos acordes dissonantes...
Gargalho....em plena síncope

Remuo minhas entranhas
Não há decoro
Decoro um verso rápido
com palavras mórbidas
para murmurar

Um transeudente pára
paira minha rota figura:
desatino humano
aborto social
trapos da moral

Suspiro cambaleante
atravesso o sinal
a orgia me espera
do outro lado

Simbiose retardada
Aglutina caos,sangue,choro
meu roto caminhar
frea,rodopia,capota
A respiração,ofegante,cessa
O sangue não jorra.Há muito escasseou...

O cerébro,assombrosamente,emite imagens discrepantes
Quem é aquela virgem,
de traços finos e pele alva
que meus olhos miram?
É a morte... cada vez mais próxima?
Que morte bonita
tão distinta da severina vida
tão asseada e vistosa
...chego a sentir vergonha da vida
diante da vicissitude da morte...

Um comentário:

  1. Agora deu pra me chamar de leso mesmo, essa professora (sem diminutivo). Olha lá cabeçuda, coloquei um link no do teu blog no meu: Márcia (Crônicas e Poesias).
    Eu estava precisando de escritores.
    BjoSSS!

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