sábado, 13 de setembro de 2008

O Delírio do óbvio




Vinicius que me perdoe, mas peço licença para usar seu título aqui. Hoje pensei em escrever sobre confiança, respeito,amizade, entretanto desistir! As relações humanas estão tão carentes desses valores que acho que ninguém veria graça no meu escrito. Talvez nem se propusessem a ler. Tal qual diriam: - Que falta de assunto, escrever de uma coisinha tão em desuso que ninguém mais lembra o que é!
Por esse fato pensei: - O que mais se usa hordienamente? Não demorou muito e a resposta veio quente: a MENTIRA! Isso mesmo. O homem se utiliza da mentira quase tão urgentemente quanto do oxigênio e, para sobreviver, isso é um recurso inaudito.

O que mais me surpreende é que somos óbvios demais ao mentir. Ao usarmos mea verdades ( para sermos eufêmicos) nos eximimos, quase sempre, de qualquer tipo de veracidade. Mentimos para muitos, mas principalmente para nós mesmos. Acreditamos que os outros não saberão nos entender, mas somos nós que não estamos preparados para lidar com nossas angustias e decepções. Temos medo de nos expor, de mostrar-mo-nos frágeis. Precisamos, cada vez mais, mentir para conquistar as coisas e obter a aprovação das pessoas. Assim, vamos construindo uma história com base em mentiras bem ditas, que repetidas muitas vezes tornam-se falsas verdades. É a falácia das relações humanas. É o delírio do óbvio. É o admirável mundo novo. Precisamos nós proteger urgentemente de nós mesmos.

Eu minto....

domingo, 7 de setembro de 2008

Uma (re) leitura do passado




Ontem voltei a escrever no meu blog e prometo não dar pausas tão longas como anteriormente...Agora, vocês poderão além de ler minhas elocubrações poéticas receber dicas de filmes , livros, artigos e álbuns de música que periodicamente postarei aqui. Deixem seus comentários e sugestões.Façam pedidos também. O que não souber, pesquisarei. E para recomeçar darei uma dica de leitura para o final de semana.

Quem não leu ou já ouviu, durante a infância, a história da chapeuzinho vermelho? Pois é, aquela garotinha de gorro vermelho que mora em uma aldeia no meio da floresta e que vai,a mando de sua mãe, levar frutas e doces para a vovozinha. Essa história ficou mundialmente conhecida pelas mãos dos irmãos Grimm, entretanto, recentemente foi descoberto manuscritos antigos, datados de 1858, no fundo de uma gaveta em um instituto aos arredores de Frankfurt, na Alemanha. Esses manuscritos narram um crime que teria ocorrido nessa aldeia envolvendo uma garotinha de 9-10 anos e sua avó, assassinada no dia 17 de setembro de 1858. Se vocês quiserem conhecer essa outra versão, verídica, da história que embalou nossa infância, leia o livro A desistória da Chapeuzinho Vermelho, atribuída ao viajante Êphebo Tostes que dedicou seus últimos anos de vida a estudar esse crime. Boa leitura!

sábado, 6 de setembro de 2008

Primogênito


Como faz tempo que não posto nada por aqui! Alguns amigos já reclamaram.Mas não é que meu espírito criador tenha se exaurido.Pelo contrário.A questão é que meu lado profissional esta ocupando boa parte de meu tempo e as poucas horas que me sobram tento dividir entre minhas leituras, meus amigos e minha família,restando-me,dessa forma,pouco tempo de ócio. E o ócio, como dizem, é fator preponderante no espírito criador. Mas em função dos acontecimentos atuais não puder deixar de retomar algo que jamais deveria ter parado: a escrita! Sim. É ela que me alimenta e sustenta de certa forma.Quando escrevo exercito meu espírito, me torno mais sensível e compreensível com os fatos, ainda que boa parte do que produza reflita minhas angústias com a conjuntura mundial, leia-se : sociedade,política e economia.
Pois bem, o que atormenta meu espírito hordienamente é a magia do mundo moderno, da tecnologia. Ainda que pertença a esse mundo, que tenha nascido em uma sociedade já informatizada digo que, às vezes, ela ainda me surpreende. Me faz sentir ao mesmo tempo pequena e desmedida, livre e reprimida, enfim, são avalanches de sentimentos que, por hora, não aprendi a lidar.
Há exatamente duas semanas agradeço à Inglaterra por ter dado, no século XVlll, o pontapé inicial de uma transformação que alcançaria o mundo nos séculos seguintes - a era industrial. Graças à eles hoje posso dizer que o mundo nos pertence. Que as barreiras físicas e temporais não são mais intransponíveis. Que as distâncias se encurtaram de forma extraordinária. Obrigada James Watt...e tantos outros que nos permitiram desfrutar de seus espíritos criadores e revolucionários.

Você só se tornou possível dessa forma...