sábado, 13 de setembro de 2008

O Delírio do óbvio




Vinicius que me perdoe, mas peço licença para usar seu título aqui. Hoje pensei em escrever sobre confiança, respeito,amizade, entretanto desistir! As relações humanas estão tão carentes desses valores que acho que ninguém veria graça no meu escrito. Talvez nem se propusessem a ler. Tal qual diriam: - Que falta de assunto, escrever de uma coisinha tão em desuso que ninguém mais lembra o que é!
Por esse fato pensei: - O que mais se usa hordienamente? Não demorou muito e a resposta veio quente: a MENTIRA! Isso mesmo. O homem se utiliza da mentira quase tão urgentemente quanto do oxigênio e, para sobreviver, isso é um recurso inaudito.

O que mais me surpreende é que somos óbvios demais ao mentir. Ao usarmos mea verdades ( para sermos eufêmicos) nos eximimos, quase sempre, de qualquer tipo de veracidade. Mentimos para muitos, mas principalmente para nós mesmos. Acreditamos que os outros não saberão nos entender, mas somos nós que não estamos preparados para lidar com nossas angustias e decepções. Temos medo de nos expor, de mostrar-mo-nos frágeis. Precisamos, cada vez mais, mentir para conquistar as coisas e obter a aprovação das pessoas. Assim, vamos construindo uma história com base em mentiras bem ditas, que repetidas muitas vezes tornam-se falsas verdades. É a falácia das relações humanas. É o delírio do óbvio. É o admirável mundo novo. Precisamos nós proteger urgentemente de nós mesmos.

Eu minto....

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