terça-feira, 1 de maio de 2007

Procura-se





















Procura-se alguém que saiba
cozinhar
lavar e
passar.
Procura-se alguém que saiba sonhar
cavalgar e
nadar.
Que goste de livros,música,plantas cachorros e
galinhas.
Que não fique zangado ou chateado
em meter a mão na massa.
Que faça flores e cultive amigos.
Que goste de cavalos
bezerros e mutucas.
Que ande descalço
que tenha calos nos pés e nas mãos
mas a alma lívida...
Que queira curar-se
e despir-se de todo o mal
que acredite que o paraíso
pode ser aqui,agora,já...
Que pense que o mundo não esta de todo perdido
Que ame as pessoas
a vida e, sobretudo,
a si mesmo
mas que também sobre um pouco de seu amor
para um coração forasteiro
que busca nesse mundo de Alá
o colorido de uma alma boa
para compartilhar
a magnetude e o mistério da vida.
Mas se os critérios são muitos
e você não tenha mais que um ou dois
serve assim mesmo
se, no entanto,
não se importares em estender
as mãos,arregaçar as mangas,
tirar os sapatos,
abrir a alma e se propor
a aprender...
que na vida
nem tudo sabemos
nem tudo dominaremos
apesar dos livros lidos
das experiências vividas
dos amores perdidos
dos filhos crescidos
das chagas curadas
da fome sanada
A vida é o que fica
e nós, o que passamos...


2 comentários:

  1. O valor das coisa não está no tempo que duram, mas sim com que intensidade acontecem.
    8ª Maravilha do Mundo.

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  2. Embora eu não seja um grande admirador das mutucas, de certa forma compartilho essa tentativa de experimentar o máximo desse efêmero, incompleto e pleno instante que vivo, gozar de todas as nuances do imediato, apesar de todas as minhas carências e imperfeições ontológicas...

    PoiZé! Eu sabia que não conseguiria acordar hoje (domingo, dia 16/9) pra ver o show do Nilson Chaves, mas adoraria sentar pra tomar um café e/ou uma cerveja e trocar idéias com você. Pelo menos mais uma semana eu vou ficar em Belém, então se quiser me dá um toque naquele celular que eu te passei ou então me manda um email (troster@hotmail.com) com seu telefone que eu te ligo.
    Beijos

    The Unending Gift

    Um pintor prometeu-nos um quadro.
    Agora, na Nova Inglaterra, sei que morreu. Senti, tal como outras
    vezes, a tristeza de compreender que somos como um sonho.
    Pensei no homem e no quadro perdidos.
    (Só os deuses podem prometer, porque são imortais.)
    Pensei num lugar marcado que a tela não ocupará.
    Pensei depois: se estivesse ali, seria com o tempo mais uma coisa,
    uma coisa, uma das vaidades ou hábitos da casa; agora é
    ilimitada, incessante, capaz de qualquer forma e de qualquer
    cor e não ligada a nenhuma.
    Existe de algum modo. Viverá e crescerá como uma música e estará
    comigo até ao fim. Obrigado, Jorge Larco.
    (Também os homens podem prometer, porque na promessa há
    qualquer coisa de imortal.)

    J.L.B.

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